terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mix TMJ!




O Mix TMJ postou a seguinte noticia:

Com vocês e para todas as crianças, uma conversa com o pai da Dorinha, - que não vê. Convencido e um  cão-guia Radar - ; do Humberto - menino que não ouve – do cadeirantinho serelepe Luca, e de Tati, que tem síndrome de Down.


Divirtam-se!

Sorte

Blog - Antes da onda de se falar sobre inclusão, tu já tinhas o personagem Humberto, que é surdo. Qual a motivação para criá-lo? Ele é inspirado em alguém real?

Maurício de Sousa - Não. O Humberto é um personagem de ficção, que julguei interessante incorporar à turminha. Ele passa uma mensagem de inclusão mais do que natural.



Blog - Entre a criação de Humberto e Luca passaram-se muitos anos. Já entre Luca e Dorinha, o tempo foi bem menor. O que o levou a criá-los?

Maurício - Foi a necessidade de incorporar mais alguns amiguinhos da turma com necessidades diferenciadas para podermos trabalhar melhor o processo de inclusão.

Blog - Todos os personagens com deficiências têm em seus traços características que se sobressaem a elas. Luca é descolado, joga basquete e as meninas são loucas por ele. Dorinha é super fashion, mesmo que não enxergue a roupa que está usando…

Maurício - Essas características são colocadas para reafirmar ao público, principalmente às crianças, não somente a mensagem de inclusão, mas também a de que pessoas com algum tipo de deficiência têm suas vaidades, necessidades, sonhos e personalidades diferentes.


Blog - Qual a reação dos leitores da Turma da Mônica - e suas famílias - com a entrada nos personagens com deficiência?

Maurício - Pelo contato que tenho com as crianças, principalmente quando estas e os personagens se encontravam no “Parque da Mônica” (que existia dentro de um shopping de São Paulo), eu percebia a curiosidade natural que há com respeito à vida de uma menina cega, de um cadeirante...

Nasciam diálogos curiosos, respeitosos, e carregados de humanidade entre a criança e o personagem. Este, naturalmente, bem preparado para responder às perguntas. Isso deve acontecer com relação aos quadrinhos também.

As histórias devem desencadear uma curiosidade natural para uma conversa mais aberta e corajosa de um leitor com uma pessoa com algum tipo de deficiência.



Blog - Qual a importância de expor as crianças às diferenças, com a inserção de personagens diversos?

Maurício - Aumenta o respeito e a informação. É tudo de bom.

Blog - Qual o cuidado ao escrever histórias que abordam a deficiência, principalmente quando o público-alvo é infantil?

Maurício - Temos que nos preparar bem, conhecer a realidade dessas crianças e tentar passar tudo isso, com a maior naturalidade, nas historias. Por exemplo, para criar a Dorinha, conversamos muito com a educadora Dorina Nowill (que morreu no final de agosto). E muito da Dorinha nasceu dela. Já para criar o Luca, conversamos muito com atletas para-olímpicos. E foi um aprendizado para todos nós do estúdio.



Blog - Existe a cobrança por mais personagens com algum tipo de deficiência na Turma? Há algum plano?

Maurício - Neste momento, não. Mas estamos atentos e preparados para continuarmos com esse trabalho.

Para veres o resto da entrevista clica aqui.

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